PEDRO HOMEM DE MELO (1904-1984)
BODAS VERMELHAS
As almas pedem luz. Apodrecida
A noite dorme, quieta, em seu armário.
Cantai sem medo! A cruz foi no calvário
Que Deus a ergueu, como a anunciar a vida!
Cantai, rapazes! E essa juventude
Que não foi minha, seja, ao menos, vossa!
Que dentre todos, um, ao menos, possa
Quebrar tanto silêncio que ainda ilude!
As asas só são asas quando há vento.
Cantai ! Cantai na força dos vinte anos!
Cantai ! Cantai ! Ingénuos mas humanos
Com lábios rubros de prometimento!
Não morrer hoje, que importância tem?
A paz, às vezes, lembra-nos veneno...
E tudo é falso no país sereno
Que não se bate nunca por ninguém.
Το υλικό της ανάρτησης μάς το έστειλε η εικονιζόμενη φίλη του ιστολογίου κ. Caterina Balivo.
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